O apóstolo nunca disse que se orarmos, a oração propriamente dita nos fará sentir-nos melhor. É uma coisa vergonhosa que as pessoas orem por essa razão. Esse é o emprego da oração que os psicólogos recomendam. Dizem eles que se estivermos em dificuldade, orar nos fará bem… Oração não é auto-sugestão.
Tampouco diz ele: «Orai, porque enquanto estiverdes orando, não estareis pensando naquele problema e, daí, tereis alívio temporário.»… Nem é isto que ele diz: «Se encherdes vossa mente de pensamentos acerca de Deus e de Cristo, tais pensamentos expulsarão as outras coisas.» …Também não diz: «Orai, porquanto a oração muda as coisas.» Não, ela não o faz. A oração não «muda as coisas.»… Não é a oração que vai fazer isso, nem é você que o fará, mas sim, Deus, «A paz de Deus que excede a todo o entendimento» – Ele, em meio a isso tudo – «guardará os vossos corações e mentes em Cristo Jesus.»
Devo dizer uma palavra acerca da expressão «guardará os vossos corações e mentes.» Significa guarnecer, proteger – bom número de palavras pode ser usado. Isso traz uma figura à nossa mente. O que acontecerá é que a paz de Deus fará ronda ao redor das muralhas e torres da nossa vida. Estamos no lado de dentro, e as atividades do coração e da mente vão produzindo pressões, ansiedades e tensões procedentes de fora. Mas a paz de Deus as conservará do lado de fora e nós ficaremos em perfeita paz, dentro. É Deus quem o faz. Não somos nós, não é a oração, nem algum mecanismo psicológico. Fazemos nossas petições conhecidas diante de Deus, e Deus o faz por nós e nos guarda em perfeita paz.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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