O fracasso do homem quanto a viver segundo a regra áurea e guardá-la deve-se ao fato de que ele é egocêntrico. Isso, por seu turno, leva à auto-satisfação, à auto-proteção e ao interesse egoístico. O ego está na dianteira o tempo todo, pois o homem quer tudo para si. Em última análise, não é essa a verdadeira causa do problema das demandas trabalhistas?… Uma parte diz: «É meu direito receber mais.» A outra alega: «Bem, se ele receber mais, ficará menos para mim.» E assim, ambos os lados se contrapõem mutuamente, resultando em briga, porque cada um só pensa em si. Não estou entrando nos méritos específicos de disputas específicas… Mas o amargor sempre entra em cena por causa do pecado e do ego. Se tão somente fôssemos bastante honestos para analisar nossa atitude para com essas questões todas, sejam políticas, sociais, econômicas, nacionais ou internacionais, haveríamos de ver que tudo se resume nisso.
Você pode observá-lo nas nações. Duas nações querem a mesma coisa, de modo que uma vigia a outra. Todas as nações pretendem ver a si mesmas simplesmente como guardiãs e depositárias da paz geral do mundo. Há sempre um elemento de egoísmo no patriotismo. É «meu país», «meu direito»; e a outra nação diz o mesmo; e porque somos todos tão egocêntricos, existem as guerras. Todas as demandas são brigas e infelicidades, quer entre indivíduos, quer entre facções da sociedade, quer entre nações ou grupos de nações; no fim tudo vem a se resumir nisso mesmo. A solução dos problemas do mundo de hoje é essencialmente teológica. Todas as conferências e todas as propostas sobre desarmamento e tudo mais darão em nada enquanto houver pecado no coração humano, dominando indivíduos e nações. O fracasso em pôr em prática a regra áurea deve-se exclusivamente à queda e ao pecado.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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