Como, afinal, pode nossa atitude e conduta conformar-se com o que o nosso Senhor diz aqui (Mateus 7.12)? A resposta do Evangelho é que você deve começar com Deus. Qual é o maior mandamento? É este: «Amarás o Senhor teu Deus… » E o segundo é-lhe semelhante: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo.» Observe a ordem. Você não começa partindo do seu próximo, mas sim, de Deus. Ora, as relações deste mundo jamais serão de fato boas, quer entre indivíduos, quer entre grupos de nações, enquanto todos nós não começarmos com Deus. Você não pode amar o seu próximo como a si mesmo enquanto não amar a Deus. Você nunca terá correta visão de si e do seu próximo enquanto não se tenha observado, e a ele, primeiramente à vista de Deus…
Assim, pois, começamos com Deus. Deixemos de lado todas as contendas, discussões e problemas e fitamos o Seu rosto. Começamos a vê-lo em toda a Sua santidade e onipotência, em todo o Seu poder criador, e nos humilhamos perante Ele… O conhecimento de Deus humilha-nos até o pó; e estando nessa condição, você não pensa em seus direitos e em sua dignidade. Você não sente mais necessidade de defender-se porque se acha indigno de tudo.
Mas, por sua vez, este modo de agir ajuda-nos a ver os outros como devemos. Vemo-los agora não mais como gente odiosa que está querendo usurpar os nossos direitos… Vemo-los como a nós vemos como vítimas do pecado e de Satanás… Temos deles uma visão inteiramente nova. Percebemos que eles são exatamente como nós, e eles e nós estamos todos num aperto terrível. E nada podemos fazer. Mas tanto eles como nós devemos recorrer a Cristo e valer-nos da Sua maravilhosa graça. Começamos a desfrutá-la juntos e juntos queremos compartilhá-la. É assim que funciona. É o único modo pelo qual podemos sempre fazer aos outros o que queremos que eles nos façam.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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