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27 de dezembro – A Graça e a Lei necessitam uma da outra

Não pode haver dúvida de que a causa mais comum (das falsas interpretações da Bíblia) é a nossa tendência de abordar a Bíblia levando conosco uma teoria. Buscamos nossas Bíblias tendo já a tal teoria, e tudo quanto lemos é controlado por ela. … Há um sentido em que você pode provar o que quiser mediante o emprego da Bíblia. Mas assim é que surgiram as heresias. Os hereges nunca foram pessoas insinceras; eram pessoas equivocadas. … Eles foram alguns dos mais sinceros homens que a igreja conheceu. Que houve com eles? Este foi o problema deles: desenvolveram uma teoria e se entusiasmaram com ela; com ela foram à Bíblia, e na Bíblia inteira lhes parecia que a encontravam. … Não há nada tão perigoso como chegar-se à Bíblia com uma teoria, com idéias preconcebidas, com alguma idéia favorita, aventada por nós…

Ora, este perigo específico tende a manifestar-se principalmente no terreno da relação entre a lei e a graça. … Alguns dão tanta ênfase à lei que transformam o Evangelho de Jesus Cristo, com sua gloriosa liberdade, em nada mais que uma coletânea de máximas morais. Tudo é lei, para eles, e da graça não sobra nada. Falam tanto da vida cristã como algo que temos que fazer para tornar-nos cristãos, que ela vira puro legalismo e não lhe fica nada da graça. Entretanto, lembremos também que é possível dar tão exagerada ênfase à graça, em detrimento da lei, que, de novo, ficamos com algo que não corresponde ao Evangelho do Novo Testamento.

Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES

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