As pessoas que tinham expulsado demônios e que tinham feito muitas coisas maravilhosas em nome de Cristo estavam inteiramente seguras da sua salvação. Não tinham nem sombra de dúvida sobre isso. Acreditavam que foram perdoadas; pareciam ter paz e estar desfrutando as consolações da religião; aparentavam possuir poder espiritual e estar vivendo uma vida melhor; diziam: “Senhor, Senhor”; e queriam passar a eternidade com Ele. Contudo, Ele lhes disse: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais iniqüidade”.
Você compreende que é possível ter falso senso de perdão? Você reconhece que é possível ter falsa paz no coração?… Você pode ter falsa paz, falso consolo, falsa orientação. Aquele que nunca sabe o que é sentir certos temores acerca de si próprio, temores que o impelem para Cristo, esta numa condição altamente perigosa. O diabo pode dar-lhe notável orientação. A telepatia, bem como todos os tipos de fenômenos ocultos e vários outros recursos, podem fazê-lo também. Há poderes que podem imitar quase tudo que pertence à vida cristã…
De acordo com o ensino do Senhor, portanto, as semelhanças entre o falso e o verdadeiro podem incluir essas questões e estender-se até esse extremo. Contudo, o ensino de nosso Senhor é que, embora haja tantas semelhanças entre os dois homens e as duas casas da parábola (Mateus 7.24-27), e no terreno da profissão de fé cristã, há na verdade uma diferença vital. À superfície ela não é óbvia, mas se você prestar atenção, verá que é clara e inconfundível… Posso resumi-la na forma de pergunta: Qual é o seu desejo supremo? Anseia pelos benefícios e bênçãos da vida cristã e da salvação, ou tem anelo mais sério e profundo? Você procura resultados terrenos e carnais, ou aspira a conhecer a Deus e a tornar-se cada vez mais semelhante ao Senhor Jesus Cristo? Você tem fome e sede de justiça?
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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