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7 de abril – Os pórticos da oração

Conheço bom número de cristãos que têm uma resposta universal para todas as questões. Não importa qual seja a questão, eles dizem: “Ore sobre isso”… Quão simplista, superficial e falso pode ser tantas vezes esse conselho – e o digo num púlpito cristão!

Você talvez pergunte: “É errado em algumas circunstâncias, dizer aos homens que façam dos seus problemas assunto de oração?”. Nunca é errado, mas às vezes é completamente fútil… A luta deste pobre homem (Salmo 73)… era toda esta, que ele estava tão confuso em seus pensamentos acerca de Deus que não podia orar a Ele. Se temos na mente e no coração pensamentos confusos sobre a maneira como Deus nos trata, como podemos orar? Não podemos. Antes de podermos orar de verdade, precisamos pensar espiritualmente. Não há nada mais fátuo do que tagarelar sobre a oração, como se a oração fosse algo para o que você pudesse correr sempre e imediatamente…

Permita-me citar um dos maiores homens de oração que o mundo já conheceu… George Müller, fazendo preleção a ministros… Disse-lhes o seguinte: Que durante muitos anos de sua vida, a primeira coisa que fazia todas as manhãs era orar. Por fim veio a descobrir que esse não era o melhor caminho. Percebera que para orar verdadeira e espiritualmente, tinha que estar no Espírito, e que deveria preparar-se primeiro. Descobrira que isso era bom e da maior utilidade, e agora lhes recomendava que sempre lessem uma porção da Escritura e talvez algum livro de devoção antes de começarem a orar.

Em outras palavras, ele descobriu que era necessário pôr-se a si mesmo e a seu espírito em correta condição, antes de poder orar verdadeiramente a Deus… Precisamos dedicar tempo à oração. Não começamos a orar a Deus enquanto não nos apercebemos da Sua presença… Assim, eis os passos perfeitamente certos – a casa de Deus, a Palavra de Deus, oração a Deus e comunhão com Deus.

Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES

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