Há um modo simples de você provar-se a si próprio para ver se você crê que (temos que olhar para Cristo e para Cristo somente). Nós revelamos o nosso íntimo por aquilo que dizemos… Muitas vezes tenho tido que tratar deste ponto com as pessoas, e lhes tenho explicado o meio de justificação pela fé, dizendo-lhes como é tudo em Cristo e que Deus põe sobre nós a justiça de Cristo. Depois de haver-lhes explicado isso tudo, pergunto-lhes: “Bem, agora vocês estão satisfeitos com isso? creem nisso?” E eles dizem: “Sim”. Então eu lhes digo: “Nesse caso, vocês estão dispostos a dizer que são cristãos”. E eles hesitam. Vejo que não compreenderam. Então lhes digo: “Que está acontecendo? por que estão hesitantes?” Eles respondem: “Acho que não sou suficientemente bom”.
De golpe vejo que, em certo sentido, desperdicei o fôlego. Continuam pensando em termos de suas pessoas; a ideia deles ainda é que têm que tornar-se bons o bastante para serem cristãos, bons o bastante para serem aceitos com Cristo. Eles têm que fazer isso! “Eu não sou suficientemente bom”. Isto soa muito modesto mas… é a negação da fé. Você acha que com isso está sendo humilde. Mas você jamais será suficientemente bom; nunca houve alguém suficientemente bom. A essência da salvação cristã é dizer que Cristo é suficientemente bom e que eu estou nEle!
Enquanto você fica pensando em si mesmo e dizendo: “Ah, sim, bem que eu gostaria, mas não sou suficientemente bom; sou pecador, grande pecador”, você está negando a Deus e nunca será feliz… Procuro dizer (isso) do púlpito todos os domingos, porque acho que é neste ponto que se rouba de tanta gente a alegria do Senhor.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
Comments are closed.